Oi gente, tudo bem?
Bom, o ano de 2017 já passou, mas como primeiro post resolvi fazer uma retrospectiva dos principais acontecimentos no mundo em 2017 para deixar encaminhado o que podemos esperar para 2018. Procurei falar um pouco sobre o que ocorreu em cada um dos tópicos, mas sem fazer uma análise muito profunda, já que o foco era só dar uma refrescada nos fatos 🙂
A seguir, uma lista de assuntos muito debatidos ao longo do ano e como eles marcaram 2017:
- Presidência de Donald Trump
O mundo reagiu, no mínimo, com grande surpresa em 2016 com a vitória de Trump à presidência dos EUA e o seu primeiro ano no cargo com certeza não passou despercebido.
Durante todo o ano de 2017, Trump esteve constantemente envolvido em polêmicas desde a saída do Acordo Trans-Pacífico (TPP), do Acordo do Clima de Paris e da UNESCO até o veto de entrada aos EUA de cidadãos de 8 países, 6 deles de maioria mulçumana, o chamado “travel ban” que foi autorizado pela Suprema Corte americana em dezembro.

Além disso, Trump se envolveu em diversas trocas de farpas tanto com a Coréia do Norte quanto com a própria mídia americana e fez contínuas declarações atacando China e Irã entre outros pronunciamentos.
Em um dos seus últimos atos em 2017, Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel, uma decisão que foi aprovada por uns e criticada por outros e que será debatida melhor em um tópico à parte.
Por fim, a atual investigação liderada pelo ex-diretor do FBI, Robert Mueller, para descobrir o possível envolvimento da administração Trump com a Rússia durante a campanha eleitoral ainda está em andamento. Em resumo, muita coisa se passou no primeiro ano de Trump, abrindo espaço para mais desdobramentos em 2018.
- Tensão na Península Coreana
Outro assunto que ocupou os noticiários foi a tensão presente na península coreana devido ao programa nuclear e aos testes de mísseis balísticos realizados pela Coréia do Norte, que despertaram o alerta de vizinhos como Coréia do Sul e Japão, sendo que neste último em especial mísseis norte-coreanos foram registrados caindo ou passando muito perto de suas fronteiras.
Os EUA, aliados tanto dos japoneses quanto dos sul-coreanos e com bases em ambos os países, também se manifestaram contra os testes. Ao longo do ano o que se percebeu foi uma troca de ameaças principalmente entre Washington DC e Pyongyang, desde declarações de Trump na Assembleia Geral da ONU quando se referiu a Kim Jong-Un como “homem-foguete” até a ameaça norte-coreana de atacar o território americano de Guam ou exercícios militares feitos por EUA e Coréia do Sul, depois de repetidos testes levados a cabo pelo governo de Kim Jong-Un.

Estes exercícios militares bem como a escalada de tensão nesta parte do mundo se mostram de interesse também para Rússia e China, seja por estarem tão perto de suas fronteiras como por causa do aumento da presença americana na região. Em setembro, russos e chineses também realizaram manobras militares em conjunto ao mesmo tempo que China sugeriu um plano que consistia em suspender o programa nuclear norte-coreano em troca da retirada da presença militar americana, plano esse também apoiado pela Rússia.
Além disso, uma nova rodada de sanções contra a Coréia do Norte foi aprovada no Conselho de Segurança da ONU em dezembro. Na virada para 2018, Kim Jong-Un declarou ter a capacidade nuclear de atacar os EUA, mas ao mesmo tempo manifestou interesse em dialogar com a Coréia do Sul.
- O papel da Rússia
A Rússia protagonizou em diferentes momentos os principais acontecimentos ocorridos em 2017. No que se refere aos EUA, as relações entre eles passaram por altos e baixos ao longo do ano.
Um clima de tensão entre ambos os países foi notado devido a vários fatores. Primeiro, pela investigação sobre a interferência russa nas eleições presidenciais americanas. Além disso, a nova rodada de sanções contra os russos aprovada no Congresso dos EUA resultou na diminuição do corpo diplomático americano em solo russo. Não somente isso, a Rússia também manifestou sua oposição ao bombardeio americano realizado a uma base militar na Síria em abril, pouco tempo depois de um novo ataque de armas químicas, e que também dividiu opiniões pelo mundo.

No que se refere à Coreia do Norte, a postura russa está muito mais alinhada com a chinesa, sendo que ambos os países criticaram em mais de uma ocasião as ações americanas naquela parte do mundo. Apesar disso, a Rússia concordou com resoluções do Conselho de Segurança da ONU que impunham novas sanções aos norte-coreanos.
Já as relações entre Rússia e China se estreitaram mais em 2017, seja na área econômica, de segurança ou política. Em vários temas, suas posições foram convergentes como na crise da península coreana ou a guerra civil síria. Finalmente, as relações entre Rússia e UE, apesar de não estarem tensas, ainda não estão normalizadas considerando as sanções impostas por ambos os lados devido ao conflito na Ucrânia.
- A China de Xi Jinping
A China procura cada dia mais destacar sua posição dentro do sistema internacional e o ano de 2017 foi crucial para consolidar a figura de Xi Jinping como o grande líder dentro do Partido Comunista e da própria China.
No que se refere à economia, Xi adotou um discurso abertamente à favor da globalização como foi visto em seu pronunciamento durante o encontro anual do Fórum Econômico Mundial em janeiro. Tal postura vai de encontro com movimentos mais protecionistas que vem se desenhando no cenário internacional atualmente.

Já no que se refere aos temas de política internacional como a guerra civil síria e a tensão na península coreana, a China compartilha de opiniões semelhantes à Rússia, como mencionado anteriormente.
Em especial com relação à Coréia do Norte a China se vê em um embate, pois de um lado os chineses são os principais parceiros comerciais dos norte-coreanos. Por outro, o desenvolvimento do programa nuclear de seu vizinho é visto com preocupação por Beijing por influenciar na estabilidade na região, sem contar na constante pressão dos EUA. Assim como Rússia, a China aprovou no Conselho de Segurança novas sanções à Coréia do Norte, embora mantenha suas relações com os norte-coreanos.
Por fim, a realização do 19º Congresso do Partido Comunista Chinês em outubro tomou os noticiários. Evento que ocorre duas vezes por década, o Congresso determina quais as políticas que serão implementadas pelo país. A sua importância é justamente as consequências que este plano de metas terá para o mundo, já que em seu discurso Xi Jinping anunciou uma “nova era” para a China que vai desde assuntos políticos e econômicos, até militares e ambientais.
Além disso, o Congresso do Partido Comunista também serviu para consolidar o poder de Xi para um mandato de mais cinco anos, tornando-o assim um dos líderes mais importantes da China desde Mao Tsé-Tung.
Confiram a continuação na Parte 2 e Parte 3
Fontes: